Já não temos só um padrão de beleza
O mundo está a tentar desconstruir padrões de beleza. Um grande passo com um caminho ainda maior pela frente, mas que é necessário urgentemente. E engane-se quem pense que é só no mundo da moda que existem estes problemas porque não é.
Vamos falar de padrão de beleza. Como já perceberam pelo post de ontem, esta semana estou numa de fazer uma espécie de chill talk, mas em texto. Selecionei uns temas, que me surgiram nós últimos tempos e decidi escrever sobre eles para que assim possamos partilhar opiniões e discutir ideias.
Ontem falámos de como os millennials, na minha opinião, não ligam muito a certas opiniões. Hoje quero falar de como estamos a desconstruir padrões.
Como assim, desconstruir padrões?
Quem não se lembra do tempo em que fugir ao padrão da mulher magra, de cabelo comprido, que usa saltos, põem maquilhagem e é um ser super educado e que aceita praticamente tudo era um problema? Ora que fugir ao padrão, na época, era ser considerada rebelde, problemática e tantos outros rótulos. Felizmente não vivi nesta época. Mas a verdade é que os tempos estão a mudar, o mundo está a mudar e isto está a impactar imenso a vida das pessoas.
Neste momento atravessámos uma fase em que se estão a desconstruir muitos padrões.
Os padrões no mundo da moda
Esta área está a passar por alterações gigantes e uma desconstrução de padrões absurda. Graças a marcas como, por exemplo, a Fenty da Rihanna. Existe cada vez mais uma maior preocupação em tornar as marcas no geral mais inclusivas e mais abrangentes.
Quem não se apercebeu que a Victoria Secrets foi obrigada a cancelar o desfile mais icónico deste meio devido à pressão para se tornarem uma marca mais inclusiva?
Eu acho que estamos num bom caminho para descontruir o padrão de beleza atual. Claro que este ainda é um caminho longo. No entanto, neste momento é um caminho mais evidente.
E vocês, qual é a vossa opinião sobre padrões?
mariana
Eu acho fantástico! Se nós vestimos as marcas e à partida somos todos diferentes, acho que faz todo o sentido as marcas não terem apenas um padrão, porque assim só chega a um “tipo” de pessoas!
Nós somos todos diferentes, não só a nível de largura mas também de comprimento! Eu encontro imensas dificuldades na hora de comprar roupa, porque mesmo que às vezes haja aquele cuidado em tornar as roupas mais largas, nunca pensam em torná-las simultaneamente menos compridas. É que, choquem-se, há pessoas gorduchas e pequenas, que é o meu caso!
Anónimo
Gostava quando fazia parte, mas quando fui mãe, saí do padrão e tive que lidar com a dificuldade REAL de encontrar roupas bonitas paa meu novo corpo… foi mais fácil me aceitar dos achar uma boa calça…
Tita Vicente
Sim, eu também acho isso, mas acho que existem marcas que por e simplesmente o ADN delas é para um padrão como é o caso da Victoria Secrets. Acho que sim, eles tem de ser mais inclusivos, mas acho que tem de ser uma coisa que a marca também queira fazer ou vai acabar por ser só para vender e os produtos podem nem sair “bons” no final… Não sei se me faço entender com esta opinião, mas espero que sim.
Como eu te percebo! Para mim comprar calças de ganga é um martírio porque eu tenho os gémeos das pernas muito desenvolvidos e desproporcionais em relação à cintura o que me dificulta imenso na compra de calças! Já em camisolas é a mesma coisa, as marcas esquecem-se que existem pessoas com peito maior e os tamanhos aumentam, mas não são proporcionais -.-
Tita Vicente
Ser mãe é das coisas que mais altera o corpo. É um processo de aceitação gigante e de conhecimento do novo corpo que fica.